Como você reconhece quando seu instinto está lhe dizendo que algo não é certo para você ou quando a síndrome do impostor está impedindo você?
Sua intuição depende da memória implícita, que é a capacidade de lembrar e recordar informações sem recorrer ao raciocínio consciente (como saber instintivamente que é perigoso tocar uma superfície quente). Seu cérebro avalia rapidamente uma situação em milissegundos, levando em conta seu repertório mental de experiências passadas, necessidades pessoais, preferências, etc. Dependendo desse contexto, sua intuição o orienta para uma decisão.
A intuição funciona como um semáforo interno, avisando para você diminuir a velocidade ou parar quando algo não estiver certo para você ou quando você não estiver pronto. Também lhe dá luz verde para avançar rapidamente quando as coisas estão indo bem.
A intuição tende a ser mais útil em situações em que o pensamento analítico por si só não é suficiente. A pesquisa mostra que, para grandes decisões da vida, como escolher onde morar ou que tipo de trabalho fazer, as pessoas ficam muito mais felizes e satisfeitas quando fazem escolhas intuitivas.
Pessoas altamente sensíveis e o poder da intuição
Como uma pessoa altamente sensível, sua intuição costuma ser mais forte do que a dos outros 80% da população. Seu sexto sentido é desenvolvido porque você tem uma percepção profunda do mundo ao seu redor. Você também está mais ciente das emoções das outras pessoas. Você tem essa incrível capacidade de captar detalhes que outros podem perder, reconhecer padrões e sintetizar informações. Isso contribui para o desenvolvimento de sua intuição, pois você possui um rico estoque de conhecimento sobre o mundo e sobre si mesmo.
No entanto, o problema é que as pessoas altamente sensíveis não aprenderam a confiar em si mesmas. Frequentemente, eles foram condicionados a acreditar que sua sensibilidade é uma fraqueza, algo a ser escondido e do qual se envergonhar. Eles são instruídos a construir uma concha e parar de levar as coisas para o lado pessoal.
Essas mensagens têm o efeito de distanciá-los de sua intuição. Além disso, pessoas altamente sensíveis tendem a buscar elogios e aprovação externa, o que diminui ainda mais sua capacidade de saber o que é melhor para elas.
Medo versus Intuição
Quando o medo surge, você sente uma energia que o leva a evitar desapontamento, ridículo ou desaprovação. Sua motivação é escapar da punição ou exclusão. Em seu corpo, o medo geralmente vem na forma de energia rápida, frenética e instável. Você pode sentir tensão, uma sensação de contração ou aperto muscular. Você pode até sentir que está encolhendo fisicamente, como se curvar.
No nível mental, o medo é acompanhado por pensamentos severos e críticos. Sua mente crítica interna assume o controle e é dominante e dramática. Isso faz com que você se esconda, se contenha, se conforme ou comprometa suas necessidades. O medo prospera na inquietação e faz você jogar pelo seguro.
A intuição, por outro lado, se manifesta como uma energia que o atrai para o seu melhor interesse, mesmo que isso signifique correr riscos. Há um sentimento subjacente de esperança e talvez até entusiasmo. Em seu corpo, a intuição parece um conhecimento interior calmo. É uma sensação de descontração, caracterizada pela confiança, com a certeza de que se algo não der certo, não é o fim do mundo. No nível físico, a intuição está associada a um sentimento de expansão e abertura.
Como ouvir a sua intuição
- Pegue uma folha de papel e uma caneta.
- No papel, escreva um problema com o qual você luta. Por exemplo: “Assumir mais responsabilidades me deixará feliz?”
- Escreva “sim” e “não” no papel abaixo da pergunta.
- Deixe uma caneta por perto e vá embora por um tempo.
- Quando voltar ao papel, circule sim ou não. Force-se a responder dentro de dois a três segundos.
Você pode não ficar feliz com a resposta que recebe, mas é uma ótima maneira de começar a se encorajar a responder de forma mais honesta e intuitiva.
Texto originalmente publicado em espritsciencemetaphysiques e adaptado pela equipe do blog Sabedoria Pura.
