Nossas crianças aprendem valores fundamentais dentro de casa, quando elas possuem pais concentrados na educação e em transmitir os valores éticos e morais, tudo vai bem. Entretanto, não nos surpreende quando um pai vai conversar com um professor e tem atitudes de desrespeito. Nesse momento tudo se esclarece, já se entende por que o aluno tem um mau comportamento em sala de aula, ou por que ele não é capaz de respeitar a autoridade educacional entre as quatro paredes.
Falta de respeito
Em um tempo em que os nossos educadores eram tratados com toda admiração pela sociedade. Os alunos abordavam seus professores por “senhor/senhora” e se levantavam quando o mestre entrava na sala. Para algumas pessoas isso não passa de apenas gestos, porém o fato, é que nessa época era uma forma de respeito pela autoridade, e isso está sendo perdido.
Como passar dos anos, parece que as coisas, as pessoas e até mesmo os profissionais vão perdendo o seu valor. Não muito longe, a figura do professor foi perdendo a majestade e o desrespeito tomou o lugar e a vez da admiração, da consideração e, por que não dizer, as pernas tremiam quando eles chegavam perto, mas era ao mesmo tempo uma satisfação.
Famílias desestruturadas, sociedade mais permissiva
Os pais se mostram muito ocupados para acompanhar seus filhos na escolas , enchem os professores de desculpas, sem culpa. Outros pais como recompensa pela sua ausência, enchem seus filhos de mimos e razões, se tronam cada vez mais permissivos. Manifestam o instinto de apenas querer proteger para então, disfarçar a verdadeira natureza dos fatos, que é a negligência.
Essa postura vai modificando mentalidade das crianças e formando uma sociedade aloprada, onde cada um se acha com mais direitos do que o outro e esse indivíduo vai retransmitir isso ao seu futuro filho. Os pais como transmissores do bem estão deixando de lado esse bem.
A escola que é o maior lugar de conhecimento se transformou em um “depósitos de jovens”, creches de adolescentes onde os pais colocam seus rebentos para estarem livres por um período. E se por acaso for chamado pelos atos indisciplinados dos seus filhos, a coisa fica pior. Então surge neles uma fúria, disfarçada de instinto de proteção, para eles é inadmissível que um profissional não arrume um lidar com a bondade de sua cria , afinal de contas, em casa seu filho tem um comportamento muito bom quando gasta seu tempo todo entretido em games e / ou redes sociais.
Dentre tantas famílias, e seus problemas, temos as famílias desestruturadas em recursos econômicos, sociais e morais. Jovens que convivem em ambientes de contenda e desarmonia , como por exemplo, nas periferias, a violência e as drogas lícitas e até ilícitas. Muito cedo aprendem que para sobreviver, têm que se impor; e a figura de qualquer autoridade, seja ela qual for, representa repressão. Afrontar e desrespeitar um professor na hora da aula é um bom exercício para alargar sua personalidade forte e esse é a primeira autoridade, quando está longe ambiente familiar, esses alunos possui familiares dispostos a defender sua postura.
Não se diferencia, tanto os filhos de “famílias estruturadas”, onde valores são trocados por permissividades, quanto filhos de ambientes desestruturados, irão copiar os pais e repassar adiante os seus modelos do desrespeito ao professor. O mais difícil é ver como a escola passou a ter um significado mínimo, caindo a ser tão-somente um lugar para onde se manda os filhos quando se quer ficar livres deles. Chamar um pai na escola agora se tronou uma tarefa sofrida, nesse momento o professor , mestre do conhecimento se torna o “insolente”.
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