Jenna Barbee, uma professora da quinta série, disse que está sendo investigada pelo Departamento de Educação da Flórida depois de exibir para seus alunos “Mundo Estranho” (2022), um filme de animação da Disney com um personagem birracial e gay.

“Eu sou a professora que está sendo investigada pelo Departamento de Educação da Flórida por doutrinação por exibir um filme da Disney”, disse Barbee em um post no TikTok no fim de semana.

Ela explica, na sua publicação, que havia papel de permissão dos pais assinados por eles. Ou seja: os pais permitiram que seus filhos fossem assistir ao filme. Mas uma mãe parece ter se incomodado e ido fazer denúncia ao Departamento de Educação do estado.

A mãe que fez a denúncia reclamou com o diretor sobre o filme não ser apropriado para os alunos.

Karen Jordan, porta-voz das Escolas do Condado de Hernando, elaborou um anúncio do distrito escolar aos pais:

“Embora não seja o enredo principal do filme, partes da história envolvem um personagem masculino tendo e expressando sentimentos por outro personagem masculino. No futuro, este filme não será exibido. A administração da escola e o Departamento de Padrões Profissionais do distrito estão revisando o assunto para ver se outras ações corretivas são necessárias.”

A queixa faz parte da controversa legislação da Flórida, assinada no ano passado pelo governador Ron DeSantis, proibindo certas instruções sobre orientação sexual e identidade de gênero na sala de aula. A lei inicialmente proibiu a instrução sobre orientação sexual ou identidade de gênero do jardim de infância até a terceira série, mas desde então foi expandida para limitar essas informações durante todo o ensino médio.

Os professores que violarem a política estadual podem ser suspensos ou ter suas licenças de ensino revogadas.

Professora diz que filme estava ligado ao plano de aula sobre meio ambiente

Em 9 de maio, Barbee se dirigiu aos membros do conselho escolar durante uma reunião. Shannon Rodriguez, a mãe que a denunciou, estava presente.

A professora disse aos membros do conselho distrital que o filme não era de forma alguma sexual e estava vinculado ao plano de aula atual sobre meio ambiente e ecossistemas.

A mãe que denunciou a professora disse  na reunião distrital que Barbee quebrou a política da escola porque não conseguiu que o filme específico fosse aprovado pela administração da escola e disse que a professora está “bancando a vítima”.

Rodriguez, a mãe que denunciou, ainda  disse “como líder nesta comunidade, não vou ficar parada e permitir que essa minoria se infiltre em nossas escolas… Deus me colocou aqui”.

Texto originalmente publicado em direitonews e adaptado pela equipe do blog Sabedoria Pura.