Por que gostamos de algumas pessoas e não de outras? Você já se perguntou isso?

Existem muitos fatores que nos levam a gostar menos de algumas pessoas que de outras. Mas um fator mais complexo é a inteligência.

Pode-se presumir que as pessoas geralmente gostam mais daquelas pessoas que são mais inteligentes, já que provavelmente são mais interessantes nas conversas. Ou então aquelas pessoas com o mesmo nível de inteligência – afinal, se alguém é muito inteligente, pode não ser apreciado por alguém com um nível de inteligência inferior, pois pode se sentir mal em comparação.

As pessoas mais inteligentes também são as mais simpáticas?

Um novo estudo publicado recentemente na revista científica Personality and Individual Differences explora essa relação em profundidade.

A pesquisadora Maria Flakus e sua equipe analisaram dados coletados de alunos do ensino médio na Polônia. Os alunos receberam um questionário de inteligência (Matrizes Progressivas de Raven) e também foram solicitados a indicar quais outros alunos eles mais gostaram em sua classe. ou muitos de seus colegas Essas medições foram feitas três vezes:

– Durante o primeiro mês do ano letivo, quando os alunos não se conheciam bem

– Depois de 3 meses nos conhecendo

– Depois de 12 meses, quando os alunos se conheciam muito bem.

Os resultados revelaram que a inteligência influenciava se alguém gostava e de quem gostava. Mas o que chamou atenção é que a relação não era como os pesquisadores supunham.

Alunos mais brilhantes eram mais apreciados por seus colegas. No entanto, eles tendiam a gostar de menos pessoas em comparação com alunos menos inteligentes. Já os alunos inteligentes tendiam a gostar apenas daqueles que tinham o mesmo nível de inteligência que eles, mas não de pessoas com níveis inferiores.

A tendência geral de gostar de acordo com a inteligência foi mais forte durante o primeiro teste, mas enfraqueceu com o tempo. Isso indica que com o tempo a importância da inteligência na construção das relações sociais diminui e outros fatores se tornam mais importantes.

Interessante, não é mesmo?

 

Texto originalmente publicado em enallaktikidrasi e adaptado pela equipe do blog Sabedoria Pura.