A acadêmica Inés Fernandéz-Ordóñez considera como deve se reagir aos erros ortográficos. “Se fossemos muito rigorosos, muitas pessoas não aprovariam. Os padrões cairiam muito”.
Antigamente era comum reprovar os alunos. Hoje em dia é quase como se o problema fosse dos professores, e não dos alunos. Muita reprovação com aquele professor indica que ele é rigoroso demais ou que ele não ensina direito, é quase como uma marca de fracasso para eles. Será que está certo isso?
“Muitos professores de ensino médio e até universitário ignoram os erros ortográficos das provas quando entendem que o conteúdo está correto”, diz o professor de letras Ignacio Bosque, da Universidade Complutense.
O professor de história Javier Herrera da Associação de Professores do Instituto de Andaluzia, reconhece que os erros ortográficos são um problema persistente que vem à tona em quase todos os claustros. “Acho que o professor deve surpreender, sem dúvida, aquele aluno por esse tipo de erro ortográfico tão abundante e importante. Um estudante universitário deve ter um nível de ortografia minimamente aceitável”.
Afinal: o aluno deve ser suspenso?
A resposta é não para aquelas disciplinas exatas, como física ou matemática. Mas para disciplinas humanísticas, como direito, a resposta é sim.
Se a ortografia tivesse maior importância, veríamos o nível subir em outras áreas, porque ser permissivo em algo tão básico estimula a preguiça em todo o resto.
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Texto originalmente publicado em elclubdeloslibrosperdidos e adaptado pela equipe do blog Sabedoria Pura.