Um estudo conduzido pela Universidade de Flinders, na Austrália, tentou provar uma teoria sobre a clássica ilusão de ótica chamada “Minha esposa e minha sogra”. A ilustração mostra uma mulher jovem olhando longe e uma mulher idosa com um nariz grande no perfil. Sem dúvida é uma imagem que temos visto repetidamente em toda a rede, há vários anos. Uma afirmação interessante do estudo é que a idade da pessoa pode alterar a percepção da imagem. Vamos descobrir se é verdade? Primeiro, você tem menos ou mais de 30 anos? Segundo, você viu primeiro a jovem ou a senhora?

A pesquisa diz que a mulher que você observa pela primeira vez nessa ilusão está ligada à sua idade, como dissemos no início, porque, como já vimos, podemos ver uma jovem olhando para a direita ou uma velha olhando para a frente.

Pessoas entre 18 e 30 anos tenderão a ver a jovem na aparência inicial, enquanto aquelas com mais de 30 anos irão observar a senhora. Independentemente da idade, todos são capazes de ver a outra versão depois de um pequeno momento de análise, embora seja a primeira impressão que nos dá uma ideia sobre a mentalidade que temos e se também está de acordo com o nosso corpo físico

Se você tem mais de 30 anos e viu a jovem primeiro, significa que os seus recursos neurais que denotam sua maturidade ainda não se manifestaram, então você ainda é, mentalmente jovem. O contrário também é plausível, pois há muita gente jovem com a mente envelhecida, exausta até. Mas também, na realidade, pode ser apenas uma questão perceptiva da nossa mudança de humor enquanto fazemos a análise da imagem, nosso cérebro entra no jogo do entretenimento e se deixa iludir propositadamente.

Essa ilusão é baseada na percepção facial: se você olha para a garota ou para a mulher velha, só consegue ver uma de cada vez. Esta é a explicação de por que não podemos ver ambas a princípio, mas que nosso cérebro tem que “mudar a maneira como vemos” a fim de encontrar a próxima pessoa oculta.

O estudo conclui expressando “os vieses de cada idade afetam como o subconsciente enfrenta a percepção”. Isso significa que, dependendo da idade que cada um tem, modifica a maneira como vemos o mundo, tentando identificar cada imagem de uma forma que se adapte à nossa realidade cotidiana. Identificamos valores, roupas, modas e até mesmo pequenas características com as quais estamos acostumados, por isso também é importante ter em mente que isso pode variar dependendo do nosso estilo de vida ou com quem costumamos interagir.

A análise tentou provar a teoria que diz os preconceitos mentais da idade, desvios profundos e irracionais em nosso pensamento que também parecem influenciar nossa percepção. Para explicá-lo, usaram um dos exemplos mais antigos, um esboço muito popular que hoje continua a servir de base para o estudo. A versão mais antiga desse desenho popular e ambíguo apareceu em um postal alemão do final do século XIX.

Na verdade, o esboço original que todos conhecemos foi criado pelo artista britânico William Ely Hill e apareceu na revista americana “Puck” em 6 de novembro de 1915.

Desde então, todos os tipos de adaptações, efeitos similares e até paródias foram feitos. quem poderia ser dito ser o decano dos efeitos visuais deste tipo. Claro, agora só podemos ver isso como prova de que nosso cérebro envelhece sem que saibamos disso.

Esta imagem foi criada por Martin Missfeldt – baseada na original.

” Velha ou jovem ou velho ou jovem? ” – Martin Missfeldt 2019
Óleo sobre tela, 70 x 100 cm

Se formos comparar o complexo sistema de percepção visual dos seres humanos com produtos de informática, podemos dizer que as ilusões de ótica são a prova definitiva de que nosso organismo possui alguns “bugs”.

Será que o pintor do quadro abaixo desejava retratar uma jovem donzela olhando para trás ou a caricatura de uma idosa melancólica?

” Velha ou jovem ou velho ou jovem? ” – Martin Missfeldt 2019
Óleo sobre tela, 70 x 100 cm

matéria livremente adaptada pela equipe de criação do site sabedoriapura.live

FONTE portalraizes