A Lego Foundation, instituto titulado pela empresa que fabrica blocos de montar, lançou na tarde desta quarta-feira (24) um projeto que visa a fabricação de peças de Lego adaptadas para o braile. Trata-se de um sistema de leitura no qual letras e números são assinalados por pontos em relevo. Esse sistema de leitura é uma maneira de comunicação utilizada por pessoas cegas ou com baixa visão.

O Brasil é um das regiões envolvidos no projeto piloto realizado desde 2017, e que determinou com o anúncio ligados como parceiros a Fundação Dorina Nowill para Cegos, que tem mais de  70 anos de trabalhos pela inclusão das pessoas com deficiência visual, e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), concluíram juntas os projetos chamados Braille Bricks em escolas públicas de Presidente Bernardes e Franco da Rocha, em São Paulo.

O Braille Bricks , é um projeto que adaptou blocos de lego esquematizados para que os pontos em relevo banquem uma letra ou número do alfabeto braille.

Os motivos que levaram a equipe a fabricar o brinquedo foi incentivar o ensino do braille, de acordo com a divulgação da companhia , o que acontece, entretanto, é que com os avanços da tecnologia, como audiolivros e programas que leem em voz alta o texto escrito numa tela de computador ou celular, a transmissão do braille teve caindo nos últimos tempos entre as novas gerações de pessoas com deficiência visual.

O que é o braille?

É um sistema de leitura e escrita para pessoas que sofrem de deficiência visual, exemplificando, que são cegueira ou têm baixa visão – presentemente, acredita-se aproximadamente  que mais de 6,5 milhões de brasileiros possuam certo qualidade de deficiência visual; Foi criado há 190 anos por Louis Braille, um francês que ficou cego aos três anos de idade;Entre os 12 e os 20 anos, Braille criaou um sistema de leitura que utilizava 2 pontos em relevo em uma célula de três pontos de altura e dois de largura; sendo que todas as letras ou números são concebidos por uma certa combinação de pontos dentro da célula; Como a célula de seis pontos permite até 63 combinações diferentes, é possível representar as letras e a pontuação da maioria dos alfabetos.

Formação da ideia, piloto em São Paulo

No projeto inovador , 82 crianças de 4 a 10 anos foram participantes  de atividades de alfabetização em braille empregando essas  componentes batizadas de Lego Braille Bricks no decorrer do ano de 2018. Contudo, a Dorina Nowill já teria iniciado seu uso de protótipo de blocos de montar chamado Braille Bricks em 2016, posteriormente, a união e parceria com uma agência de comunicação.

“O braile está para a criança cega como a caneta e o papel estão para a criança que enxerga.” esclareceu, em um vídeo da campanha, Eliana Cunha Lima, especialista da Fundação Dorina Nowill.

“Sem o sistema braille, essa criança não tem o desenvolvimento do sistema neuropsicomotor garantido “, falou . “Você traz um brinquedo colorido, que todas as crianças têm, e com as características impressas nele da cegueira é um marco bastante interessante em todos os sentidos, inclusive os mais simbólicos também”.

A parceira entre as companhias foi u sucesso que induziu à entrada da Lego Foundation na ação e à parceria com a Unesp para o projeto piloto realizado em 2018.

Conjuntos de cerca de 250 peças

De acordo com as informações da Lego Foundation, os Lego Braille Bricks os modelos utilizados são sistema braille, que contam com seis pontos de relevo, sendo ainda compatível com a amostra da empresa. Além do mais, nas peças estão a letra ou o caractere impresso, para que as pessoas, bem como a familia,  os professores e colegas que não saibam o braille possam reconhecer a letra. O objetivo desse inovação é não somente informar, mas também incentivar que pessoas videntes se zelem pelo aprendizado do braille.

Quanto mais pessoas que estejam em contato com essa criança souberem o braille, melhor pra ela , esclareceu Eliana Cunha Lima.

Neste mesmo semestre , os kitsestão em fase de testes com a participação de crianças que falam dinamarquês, norueguês, inglês e português, porém, daqui para o final do ano, o alemão, o espanhol e o francês serão inclusos aos testes.

O anseio agora é iniciar a distribuição dos  kit no segundo semestre de 2020. O conjunto terá cerca de 250 peças, incluindo o sistema alfabetático, os algarismos de 0 a 9 e símbolos matemáticos.

Com base nas informações de Klaus Schlünzen Junior, professor da Unesp e encarregado pelo monitoramento e avaliação do programa no Brasil, a tecnologia foi empregada para mediar e cooperar no acréscimo e construção do conhecimento, sendo sua referência para isso um objeto palpável .

“Essa abordagem possibilita o afloramento do interesse do estudante, motivando-o a explorar, a pesquisar, a descrever, a refletir, a depurar ideias, com a mediação do professor.” sobrepõe Schlünzen.

Distribuição

Instituições escolhidas variadas partes do mundo poderão receber esse material de graça. No Brasil, a Fundação Dorina Nowill ficara encarregada de importar os conjuntos, que em 2020 serão espalhados primeiramente em sete estados pelo Brasil.

Agora, a fundação vem buscando pareceria para avançar com  a importação e distribuição do material, além de promover programas de capacitação de professores de escolas públicas para utilizar e o material na sala de aula.

Este artigo foi publicado originariamente no site- Conexão corporativa.G1, e foi reproduzido adaptado por equipe do blog sabedoria Pura