O desejo de açafrão de cores vivas está causando um fenômeno perigoso? Um novo relatório discute como as empresas de Bangladesh estão adicionando cromato de chumbo ao açafrão para torná-lo mais amarelo.
O açafrão se tornou muito procurado devido os seus inúmeros benefícios medicinais e nutricionais, o açafrão-da-terra, que também é chamado cúrcuma, tem origem indiana e, sendo que grande parte de seu cultivo e produção são desse país que exporta essa especiaria da índia é exportada para todas as partes do mundo.
O açafrão-da-terra sempre foi usado como tempero, e seus compostos se revelaram efeitos importantes que fazem desse remédio um poderoso remédio natural que tratam diversas doenças, entre elas distúrbios gástricos, depressão, perda de memória e sintomas da menopausa.
Entretanto, esse importante aliado para o ser humano vem sendo adulterado por substancia tóxica: o chumbo. Pesquisas alertaram as pessoas para o fato que muitos produtores de Bangladesh, vêm adulterando o açafrão com a substância de cromato de chumbo, sendo que essa ação permite que o açafrão ganhe uma coloração mais amarela, para acrescentar valor e mais lucro com a venda desse produto.
Como se deu esta descoberta
Somente foi possível descobrir essa tramoia quando uma equipe de pesquisadores da Stanford Center for Innovation in Global Health realizou testes nas primeiras localidades cultivadoras do açafrão em Bangladesh.
O que os estudiosos encontraram foi divulgado por meio da revista Science Direct na qual os pesquisadores revelaram que os cultivadores e comerciantes usavam constantemente esta prática e então foi possível detectar a anormalidade.
O estudo
O grupo de estudiosos desvelaram que na década de 1980 causaram em más colheitas de açafrão e com as lavouras ensopadas o açafrão começou a ficar com sua tonalidade original fraca, por isso, por essa razão os agricultores iniciaram essa mistura nociva com cromato de chumbo, um pigmento amarelo que deixa o açafrão muito mais amarelo, mas que pode provocar danos ao organismo.
E assim, todos ou a maioria dos agricultores começaram a fazer a mistura para aumentar seus lucros.
Para que essa ação fosse realmente comprovada , os cientistas fizeram análises de 524 amostras de açafrão, pigmentos, poeira e solo de todo o Bangladesh e as respostas foram confirmadas em altas concentrações de chumbo que extrapolaram o limite nacional cerca de 500 vezes, com uma média de 690 microgramas de chumbo em cada grama de açafrão.
Os perigos do chumbo
O chumbo é uma neurotoxina que pode acarretar agravantes na saúde, para se ter uma ideia quando uma criança consome chumbo são predispostas a ter redução na capacidade cognitiva, de maneira que seu neurodesenvolvimento fique comprometida.
O co-autor do estudo, Stephen Luby, professor de medicina e diretor de pesquisa do Centro de Inovação em Saúde Global de Stanford, esclareceu que:
“Diferente de outros metais, não há limite de consumo seguro para o chumbo, é uma neurotoxina em sua totalidade.”
Além de Bangladesh
As análises de presença de chumbo na cúrcuma não foram feitas além de Bangladesh. Entretanto os especialistas explicam que deve haver diretrizes mais rigorosas de saúde, fiscalização e segurança de outros países para conter os fabricantes de acrescentarem o chumbo no açafrão que ainda é exportado para outros países.
Embora as evidências fossem descobertas, os pesquisadores esclarecem que existe uma maneira de comprovar o quanto de cúrcuma vem sendo adulterada e está espalhado pelo mundo, e alertam para a realização de testes mais rigorosos por parte dos importadores.
Análise que comprova a ingestão do chumbo
“As pessoas estão inconscientemente consumindo algo que pode causar grandes problemas de saúde. Sabemos que a cúrcuma adulterada é uma fonte de exposição ao chumbo e precisamos fazer algo a respeito” – disse a principal autora dessa análise, Jenna Forsyth, pós-doutorada no Instituto de Meio Ambiente de Stanford Woods.
De 2014, Jenna Forsyth, em companhia com Scott Fendorf citado anteriormente Stephen Luby elaboram na área rural de Bangladesh essas análises a exposição das pessoas ao chumbo, sendo que contam com o patrocínio do Instituto Stanford Woods para o Meio Ambiente.
Nos resultados das análises feitas na população, descobriram que mais de 30% das mulheres grávidas apresentavam níveis elevados de chumbo no sangue.
As recomendações dos pesquisadores
De acordo com as avaliações, os cientistas pretendem transformar o comportamento do consumidor para evitar a ingestão do açafrão contaminado pelo chumbo, e também diminuir os estímulos dos fabricantes nessa prática do emprego de chumbo na produção do açafrão. E assim fazem as seguintes recomendações.:
Tecnologias de secagem mais eficazes e competentes para o processamento da cúrcuma
Inspetores e fiscais de importação em todas as partes do mundo, com fiscalização continua do açafrão com amplificadores de raio-X que são capazes de encontrar chumbo e outros produtos químicos e tóxicos.
Envoltura de consumistas, fabricantes e outras partes interessadas com foco em garantia alimentar e saúde pública.
No intuito de fortalecer essas indicações, Forsyth, Luby e Fendorf também são participantes de um grupo interdisciplinar de projetos, financiada pelo Stanford King Center on Global Development (King Center em Desenvolvimento Global), sendo que o intuito é minimizar a exposição ao chumbo pelo açafrão em Bangladesh e além de suas fronteiras.
Um dos participantes da equipe, o bioengenheiro Manu Prakash, está arrumando uma tecnologia de baixo custo que mede o chumbo no açafrão, em outras fontes e no sangue.
Atenção no açafrão!
Com essa descoberta, convidamos a todos a ficar em alerta com a procedência do açafrão que você consome em casa. Não esqueça de dar prioridade a alimentos plantados organicamente e nacionais.
Este artigo foi publicado originariamente no site- Greem Me, e foi reproduzido adaptado por equipe de sabedoriapura