Mario Sergio Cortella,um filósofo, palestrante, educador, criador de várias obras e também professor universitário, ultimamente escreveu mais um livro interessante, um livro voltado para a família- “Urgências e turbulências”(Editora Cortez, R$ 38), no qual ele se refere à educação dos filhos.
Vamos ver o que ele nos ensina sobre isso, nesta entrevista abaixo:
Você acredita que os país têm medo de usar a autoridade sobre as crianças?
Cortella :Pois é. A família não pode ser uma ditadura, mas não é uma democracia. É uma organização participativa, uma estrutura de convivência em que todos têm dignidade igual, mas não a mesma autoridade. Os adultos são responsáveis pelas crianças. Há uma estrutura de subordinação. A amizade é necessária, mas não a camaradagem.
O que você pensa sobre a falta de tempo dos pais?
Cortella : Prioridade não tem plural. Há muitos pais que não têm clareza da prioridade. Alguns têm tanta diminuição da convivência com os filhos que, quando ela acontece, o adulto acaba soterrando a criança com mera troca de bens, para que ela fique entorpecida. Isso é muito negativo. Os pais do passado não passavam tanto tempo com os filhos, mas havia uma convivência mais densa. Hoje é muito superficial. Atualmente, muitos usam o fim de semana inteiro para manter o filho entretido e ocupado, como se fossem recreadores.
Como você pode comparar a educação dos seus filhos e a sua?
Cortella :Tenho três filhos adultos. Eu trouxe muitas coisas da minha criação para eles: a capacidade de amizade, a conversa, a rigorosidade em relação ao esforço e aos valores de honestidade e decência. Deixei para trás os castigos hiper dimensionados e o exagero em relação às criancices que antes eram tomadas como ofensas.
Este artigo foi publicado originariamente no site- Atividade SEI, e foi reproduzido adaptado por equipe da sabedoria Pura.