Um estudo muito importante para quem experimenta uma vista embaçada e precisa utilizar óculos de grau. O colírio criado tem grande chance de ser substituído por óculos, de acordo com novas pesquisas em Israel.
Um grupo de pesquisadores israelense, oftalmologistas influentes do centro Médico Shaare Zedek Nanotecnologia e Materiais Avançados da Universidade Bar-Ilan, trabalham em um projeto que desenvolve um colírio que é indicado para recuperar a córnea com dificuldades de enxergar de curta ou longa distância.
O medicamento que os estudiosos estão usando, serviu como testes para analisar a vista de dez porcos, mas ainda está em período de análise. O colírio utiliza nanopartículas hipereflectivas encapsuladas de 0,58 nanômetros de diâmetro, inseridas diretamente na parte externa da córnea, refracionando o grau. Um nanômetro corresponde a 1 milionésimo de milímetro
Pesquisador e chefe do grupo de estudos, David Smadja elaborou o colírio para diminuir até 2 níveis de miopia, em porcos como cobaias. “O interessante é que ele não notou mudança na curvatura da córnea dos olhos de porco, modo como fazemos hoje com o laser. Olhos míopes tem sua curvatura aplanada e olhos hipermétropes, ao contrário, tem elevada”, explica o oftalmologista Paulo Dantas, especialista em córnea e membro do Conselho de Oftalmologia Brasileiro (COB).
O objetivo esperado é que as análises ainda sejam feitas em pessoas com problema de visão , ainda em 2019. A divulgação do projeto foi feita em uma conferência pela Sociedade Europeia de Cirurgia Refrativa em Lisboa, embora ainda não tenha sido publicada em revistas de estudos.
A inovação do tratamento é que ele permite que o paciente faça através de um aplicativo, baixado em smartphones, e o mesmo terá a capacidade de examinar as córneas analisando o grau de miopia e hipermetropia, gerando padrões a laser.
Embora o projeto seja muito recente, a nanotecnologia tem outro estudo relacionado ao termo, até mesmo no Brasil, nos quais empregam as nanopartículas para substituir antibióticos para problemas na vista. “Uma das vantagens é que não dependeria de o paciente cumprir o horário de colocar o colírio. As nanopartículas seriam injetadas na superfície ocular já no hospital”, relata o estudioso.
Este artigo foi publicado originariamente no site- R7 Saúde , e foi reproduzido adaptado por equipe da sabedoria Pura.