“Educar dá trabalho, mas também é um trabalho que dá bons frutos…” Içami Tiba
O que é superproteção?
Superproteção é muito diferente de proteção, educar é trabalhoso e fazer todas as vontades de uma criança, não educa. Proteger é um ato natural, materno e paterno, o cuidado certo na hora certa, entretanto a superproteção é algo muito prejudicial para a vida de uma criança, ela vai muito além do que é realmente necessário.
O hábito de cuidar exageradamente pode ser muito danoso, e quando mal equilibrado pode virar uma síndrome obsessiva que na realidade vai afetar a convivência e a harmonia familiar. Superproteger é se anular para viver a vida do filho, tomar decisões por ele, solucionar por ele, ou seja anular totalmente as possibilidades de crescimento de uma criança.
Dessa forma, começa então uma invalidação, anulação da autonomia, na verdade é uma prisão na qual não se tem escolhas. A superproteção, anda na contra mão, ela nada tem a ver com educação, pelo contrário, estanca as possibilidades de liberdade.
Se pensarmos bem ela é como uma frustração na tentativa de acertos e também dos erros, uma privação do crescimento total de escolhas e desenvolvimento em todos os aspectos.
Mas como saber se você é um super protetor e não uma educador?
Existem três exemplos de alguns comportamentos, e se você os replica, considero importante uma avaliação, cautelosa:
1) Medo constante de que algo ruim vai acontecer ao seu filho:
Algumas frases se tornaram comum nos últimos anos: “o mundo está nas mãos do perigo”; “hoje em dia, todo cuidado é pouco”; “do jeito que as coisas estão, a gente precisa ter precaução”, , esses ditos servem como um pretexto para anular seu filho.
Cuidar é muito necessário, mas nada de prender a crianças em suas escolhas. O medo de soltar seus filhos pode impedir que tomem atitudes certas longe da família.
2) Abordar a criança de uma forma que não corresponde com a sua idade
Quando seu filho nascem então é um bebê que precisa muito de você em todos os sentidos, entretanto quando vai crescendo , aos poucos vai desvinculando , vai ganhando autonomia para tomar algumas decisões.
De maneira que alguns pais acabam infantilizando crianças com palavras de mimos que nada tem a ver com sua idade. A conversa deve ser clara e objetiva, levando em consideração que as crianças gostam de ser tratadas de acordo com sua idade.
3) Receio fora do normal de que o seu filho se machuque brincando:
É natural que as crianças brinquem e as vezes se machuque, essas situações de quedas no chão iniciam um processo de maturidade que elas vão aprendendo com seus erros.
Naturalmente, devemos ficar atentos com as crianças, mas sempre permitindo sua autonomia, sem exageros na hora de cuidar.
Crianças são cientistas – Permita-as explorar e questionar!
Crianças devem saber que tudo na vida tem limites. os limites são importantes no momento em que a criança analisa e toma decisões importantes, aprendem o que podem fazer ou não. Essa possibilidade de pensar por si mesma, de tomar a iniciativa se faz ou não e começar a ver as consequências de suas ações é muito valiosa.
Aos pouco as crianças começam a sentir a vontade de tomar iniciativas. Resolver seus pequenos problemas possibilitará um crescimento e maturidade de arcar com suas escolhas, reconhecendo seus erros.
Crianças sem demarcações são adultos sem limites.
Não deixe que seu filho cresça com suas tendo que aturar suas imperfeições, deixe se tornar imperfeito.
Fazer todas as vontades do seu filho também não deixa ele crescer, em vez disso ame-o , cuide dele não importa se ele não gosta das mesmas coisas que você. As colhas dos seu filho deve ser elogiadas, e quando ele não acertar, não cabe a você fazer críticas ou dizer que avisou, nesse momento, mais vale uma conversa amorosa do que bloquear suas atitudes.
Admita que seu filho tenha erros e aprenda com eles.
Sempre ande ao lado do seu filho e nunca na frente. Deixe que ele faça escolhas. Seu papel é apenas dar ajudar com leveza sem interferir disparadamente, mas aguardar o momento certo de entrar em cena, sem anular sua trajetória.
Superproteção é um excesso de proteção. E tudo o que é demais, sufoca.
Os pais super protetores deixam seus filhos se tornarem pessoas inseguras, ansiosos ou com medo de encarar a vida, em vez de ser fortes mostrarão fraqueza para enfrentar problemas da vida.
É muito importante dar atenção para os filhos, de maneira que eles se sintam protegidos, mas não controlados, essa atitude pode afastar o filho de você e da família, emocionalmente e fisicamente. Melhor é dosar as condutas e mostrar equilíbrio e sabedoria.
Este artigo foi publicado originariamente no site- resiliência Mag , e foi reproduzido adaptado por equipe da sabedoria Pura.