Sabedoria Pura

Bolachas de Natal ganham novos sabores e receitas, mas continuam encantando adultos e crianças.

Lembramos sempre dos biscoitos da vovó. Onde foram parar essas receitas de família?

Deliciosa receita que vai do mel ao melado, com açúcar mascavo ou refinado, insossamente enfeitadas, com coberturas de glacê , a alegria com confeitos coloridos, servidas em pratinhos para o lanche ou armazenadas em grandes latas… de modo que cada uma das bolachas modificam bastante. Entretanto, com a aproximação das festa de fim de ano, o aroma das bolachas de mel e melado toma conta das casas de muitas  famílias, nos mostram o sabor e felicidade da infância e fazem do Natal uma data mais que inesquecível.

Essa é uma tradição que nunca termina, mas que foi se modificando com o passar dos anos. Devido as mudanças e a correria do dia a dia, muitas famílias não conseguiram que as novas gerações mantivessem o hábito dos avós de ir para a cozinha fazer os docinhos secos com a ajuda da criançada. Ou as restrições alimentares  – um problema cada vez mais frequente nos nossos tempos – encostaram os biscoitos e bolachas ficassem esquecida pelas pessoas.

Temos uma solução para isso, que é reinventar as receitas antigas de nossas avós e colocar em prática, como fez Viviane Mählez , ela começou a reinventar e incrementar essas receitas, até ficarem semelhantes.

Em contra partida, a farmacêutica, Maria Luiza Garcia antes tinhas restrições alimentar e ficava  restrição alimentar ficava à margem dessas guloseimas nessa época do ano e iniciou fazendo em casa.

Outra  história legal é da advogada Viviane Mähl , ela usa a receita de família para saborear junto com a família essa tradição.

Gostinho de antigamente em receita de 1946.

Durante a infância, a advogada Viviane Mähl, lembra do tempo de Natal, que havia o cheiro das bolachas de melado que a bisavó Ilse Stock fazia. Companheira de Emílio Stock, comerciante tradicional na rua 15 de Novembro, ela enchia grandes latas quadradas, de manteiga, com os biscoitos e servia para a criançada nessa época do ano. Na maioria das vezes não botava glacê, nem confeitos. Quando queria decorar, utilizava um glacê simples, enfeitado com um pouco açúcar cristal colorido. As bolachas eram grandes secas e perfumadas com as especiarias colocadas na massa – atualmente, sua neta guarda os cortadores utilizados pela vó. “Lembro do gosto e do cheiro. É um gosto de infância”, explana ela.

E assim, anos se passaram , e as avós já pereceram, porém o anseio de recordar  aqueles sabores de infância permaneceu. Onde encontrar? As receitas de família se perderam no tempo, foram esquecidas e ninguém tinha como reproduzir os biscoitos da vovó.

Por essa razão, aproximadamente uns três anos a advogada iniciou uma busca de pesquisas receitas com intuito de descobrir o sabor presente nas suas recordações. Testou várias receitas encontradas na internet, fez várias experiências que não deram certo. As pessoas da família ajudaram, degustando e dando sugestões. Porém os resultados ainda não eram os mesmos.

Então  aconteceu que um belo dia, viajaram para a casa de praia em Ubatuba, que era frequente  usada pela família desde o início dos anos 30 e guarda as objetos de gerações. Na arrumação das estantes da casa, ela achou dois livretos guardados dentro de um livro de receitas. Amarelados pela ação do tempo traziam receitas antigas, usadas pela avó Etzeli. Ao folhear um deles, dos anos 1946, Viviane, encontrou com um item identificado apenas como “Bonecos de gengibre”, com melado entre os ingredientes. Ao ler, percebeu que ali podia estar o que procurava – e resolveu testar. A reação da mãe ao comer os primeiros biscoitos confirmou as suas suspeitas de era aquilo que tanto procurava. “Os olhos da minha mãe se encheram d’água”, revela ela.

Um certo dia, a irmã levou algumas bolachas para o seu local de trabalho. Os biscoitos foram um sucesso, tanto que logo Viviane estava lançando e vendendo os biscoitos artesanais para os amigos. Decidiu, então, investir em cursos para aprender as técnicas de glacê real e decoração, e diversificou a produção, arranjando amanteigados variados, com frutas secas, castanhas, chocolate, entre outras delicias.

 Desse modo, de acordo com o tempo, os biscoitos estão se firmando como um “Plano B” em sua jornada como advogada (uma alternativa muito menos estressante, com certeza). “A receita não é de família, mas o gosto é o mesmo que eu procurava dos biscoitinhos de antigamente”, assegura.

Deguste e saboreie:

Essa  receita não é a mesma de dona Etzeli, avó da Viviane.

Ela foi retirada do livreto Backen macht Freude!, do Dr. Oetker e traduzida por Helena Richlin em seu blog http://traduccionyletragotica.blogspot.com.br/

Pão de Gengibre marron / Gingerbread marron

Ingredientes:

Como preparar:

Aquecer a mistura de melado com açúcar (para que o açúcar se dissolva).

 Acrescentar as especiarias e o leite resfriado e deixar esfriar, até que se obtenha a temperatura da mão.

Depois, junta a mistura peneirada de farinha de trigo e de “Backin” ao melado, mexendo tudo, até obter uma massa lisa, que deve ser esticada até obter a espessura de uma faca, cortando-a em tiras de cerca de 4 cm de largura e 8-10 de comprimento, com a ajuda de uma carretilha de bolo.

As tiras podem ser pinceladas com clara de ovo (para que elas obtenham uma aparência brilhante, depois de assadas), assando-as por cerca de 15 minutos, em forno médio. Bom apetite!!

Este artigo foi publicado originariamente no site , ND+  e foi reproduzido e adaptado pela equipe da sabedoria Pura. Para mais detalhes acesse.

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