Até quando o descaso referente a violência contra nossos mestres serão consideradas normais?
Essa violência tem se tornado assustadora e choca os profissionais de trabalham na escola. Nas ultimas divulgações a mídia noticiou que apenas no estado são Paulo , os casos de agressão chegam 189%. Essa realidade infeliz acontece em todo o país, mesmo sendo mais comum em escolas públicas, os casos também acontecem em escola particulares.
Segunda informações mais recentes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontou que o Brasil tem o pior índice no mundo quando o assunto é violência contra professores. Se improvisarmos uma análise boca a boca nas escolas, verificaremos que mais da metade dos docentes já vivenciou algum tipo de agressão, seja ela verbal ou física.
O que mais preocupa é forma como essa situação é encarada como algo sem importância. A maioria dos profissionais violentados não presta queixa, escolhendo justificar o desrespeito. Essa situação se agrava porque a escola também não se posiciona. O que realmente choca, não é mesmo? Porém esse fato vivenciado por aqueles que são responsáveis por abrir as portas do conhecimento para jovens e adultos. Por esses motivos e de outras questões, não é de se abismar que mais de 49% dos professores entrevistados em pesquisa recente não aconselham sua própria profissão.
Muito atribuem a responsabilidade da família em transmitir valores éticos e morais às crianças e jovens. Porém. Atualmente parece que esses valores estão deixados para traz. Muitas famílias se esquecem ensinar os limites aos seus filhos, como também consideram inaceitável que um docente repreenda um aluno por seus comportamentos insuportáveis . os mesmos pais não aceitam que os filhos sejam mal avaliados quando o desempenho é baixo nos estudos. Portanto, essa aprovação dos pais com a indisciplina dos filhos é um dos fatores que contribuem para o aumento da falta de respeito para com o professor , o que muitas vezes redunda em agressões.
Devemos acabar com esse pensamento de que a violência contra os professores é normal. Se um professor for agredido com uma cadeirada apenas porque chamou a atenção do aluno porque ele chegou atrasado; ou até mesmo ser “pega na saída” por dois alunos que foram repreendidos por estarem brincando na sala de aula; um educador que é chamado na direção para mudar a note do aluno, que não quer estudar, porque o pai dele não aceitou a nota baixa. Nada disso pode ser considerado como normal. São fatos que, infelizmente acontece todos os dias e que desrespeitam e oprimem nossos educadores
Nos perguntamos todos os dias porque isso acontece dentro da escola? Na verdade isso acontece porque estamos diante de falta de limites em casa; falta de uma educação voltada para o respeito, cumplicidade, por não saber o que é hierarquia.
Chegou o momento de focar na violência contra os professores, com leis mais rígidas para os alunos considerados indisciplinados em casa e na escola. Em casa sim. Porque se em casa ele não construiu conhecimentos e valores, como levará uma vida social de respeito dentro da comunidade escolar?
Nesse sentido, a família tem um papel fundamental, único, preciso, mais do que tudo na vida dessa criança e jovens. Limites precisam ser restabelecidos. As escola tem o papel de reforçar esses valores, respeito, gentileza, e sociabilidade. As atitudes indispensáveis para o bem estar de todos os seres humanos. Para tanto, faltam métodos para transformar as intenções em atitudes praticas, pois sem esse compromisso de mudança, obviamente, será mais difícil alcançar bons resultados.
Esse método de estudos voltados para o desenvolvimento de ações para enfrentar a violência, os centros internacionais de excelência em Formação de Professores têm distribuído técnicas para o desenvolvimento das desenvolturas socioemocionais entre os docentes.
Quando vão mudar a história do professor brasileiro?
Até quando veremos, nossos professores com esse fardo chamado violência?