Aprenda como a Camellia sinensis pode dar origem a diversos tipos de chás e conheça seus benefícios.

É isso mesmo ! Enganaram você  durante todos esses anos! Chegou o momento de descobrir o “verdadeiro” chá.

 A Camellia sinensis, muito conhecida como chá-da-índia, é uma planta nativa de regiões subtropicais com clima de monções , porém se adapta bem a climas tropicais, principalmente em altitudes elevadas. A planta é abundante, do tipo arbustiva, da família das teáceas (Theaceae).

A planta, Camellia sinensis é nativa do sudeste asiático. Temos como registro do uso deste chá em meados no século III a.C.  O primeiro tratado com maneira técnica experimentada sobre o chá foi escrito no século oitavo da nossa era na China. O que deu o papel deste país como responsável pela iniciação do chá no mundo. No começo do século IX, a tradição do chá foi introduzida no Japão por monges budistas que importaram a planta da China. Ao que tudo indica, os primeiros contatos da Europa com este chá ocorreram  através dos portugueses no século XVI.

No Brasil, o cultivo da Camellia sinensis teve início no século XIX. Presentemente, o Vale do Paraíba, região do estado de São Paulo, é o maior fabricante de chá do país e a produção é voltada para a exportação.

As Substâncias contidas na Camellia sinensis e suas propriedades

  1. Teofilina

Essas propriedades da  Camellia sinensis pode ser usada nos tratamentos de asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), podendo ser estimulante do sistema nervoso central (ela age antagonicamente à adenina, que é um neurotransmissor depressor).

Além disso, excita a secreção de ácido e enzimas pelo estômago, estimula a contração cardíaca (aumentando a taxa de batimentos cardíacos), acrescenta a vigília, a ansiedade e os tremores. Em doses altas provoca convulsões.

E assim, tem ação broncodilatador, estimula os movimentos do diafragma e a contração do músculo esquelético cardíaco.

2. Cafeína

Dentre tantas efeitos, a  cafeína presente na Camellia sinensis aumenta a produção de suco gástrico e estimula o sistema nervoso central. Em excesso, ocorre agitação, ansiedade, dor de cabeça, insônia, contração dos vasos sanguíneos e aceleramento dos batimentos cardíacos.

A cafeína auxilia perfeitamente na concentração, melhora o humor, minimiza a fadiga e, alguns episódios ainda pode ser  usada no tratamento de dores de cabeça, porque ela atua contraindo os vasos sanguíneos que normalmente são os causadores desta moléstia.

No controle dos sintomas da TPM.

A  Camellia sinensis é especialmente diurética, o que constitui que, se por um lado ela pode auxiliar no emagrecimento e controlar do peso, por outro lado ela pode agravar quadros de desidratação do organismo.

3. Tanino

O tanino presente na Camellia sinensis tem várias características:

Antídoto em intoxicações por metais pesados e alcaloides;

Adstringente, o que significa, que ela contrai ou recobre tecidos orgânicos atenuando secreções ou formando camadas protetoras. Por meio da contração de tecidos combate inflamações na boca, garganta, intestinos e órgãos genitais. Provoca a contração das mucosas, vasos (inclusive os sanguíneos) e tecidos.

Antisséptico, ou seja, pode desinfetar ferimentos;

Antioxidante;

Cicatrizante;

Antidiarreico

Diminui a disposição de absorção do ferro;

Para uso  dermatológico: purificação e equilíbrio de peles oleosas.

4. Flavonoides

A planta ajuda na absorção de vitamina C. Além disso, têm ações: anti-inflamatória, antialérgica, anti-hemorrágica e antioxidante. Pesquisas estabelecem a relação do uso terapêutico dos flavonoides com a prevenção do câncer e doenças cardiovasculares.

Em estudos sobre a Camellia sinensis, dermatologistas investugam possível uso na proteção aos efeitos nocivos do sol, porque reduz a inflamação da pele. E o tipo de flavonoide encontrado nesta planta são as flavanas, que são incolores.

Como fazer chá a partir da Camellia sinensis:

esquente a água em um recipiente de alumínio. Para melhorar o sabor, utilize água filtrada ou mineral não destilada. A água precisa ser fervida apenas uma vez para que seu nível de oxigênio não caia muito e a bebida tenha um gosto mais agradável;

Pré-aqueça o caneco para que a água não perca muito calor quando for despejada. Canecas de cerâmica e porcelana retêm melhor o calor;

Bote a erva no fundo da caneca na proporção: um sachê ou entre uma e duas colheres de chá para uma caneca;

Derrame a água na caneca. Para o chá preto, água fervente, para os chás branco e verde, de preferência que a temperatura da água esteja entre 75 °C e 85 °C. O oolong necessita da água na temperatura entre 85°C e 98°C. E quando usar sachê, não deixe a água ferver porque a planta está em fragmentos minúsculos, o que aumenta a superfície de contato com a água, deste modo, a água precisa está suavemente mais fria.

Deixe o chá descansando em um recipiente coberto (para preservar o calor). O tempo de infusão varia de dois a cinco minutos. Sem passar disso, pois, o tanino é liberado e a bebida fica com um gosto mais amargo. Pelo mesmo motivo, não é aconselhável agitar a bebida no momento do preparado, se desejar um chá mais forte, use mais sachês ou folhas.

Quando servir o chá, como de costume pode  acompanhá-lo com mel, açúcar, limão, entre outros.