A síndrome foi conhecida através de Herbert Freundeberg em 1974, e pode acontecer devido o retorno ao estresse excessivo e duradouro de atividades relacionadas ao trabalho.

De acordo com Ana Carolina C D’Agostini, psicologa : A síndrome, que foi definida pelo psiquiatra alemão Herbert Freundeberg em 1974, como resposta ao estresse excessivo e prolongado de atividades relacionadas ao trabalho.

A palavra Burnout, de origem inglesa, é resultante de duas outras: burn, que significa “queimar” e out, que quer dizer “fora”. Em tradução para o português, o termo expressa “queimar por completo”. O estado de exaustão intensa nos níveis físico e mental faz com que um indivíduo se sinta sobrecarregado a ponto de tornar-se incapaz de responder às demandas constantes de sua função no trabalho.

Nesse sentido, sabemos que ficar estressado é um estado emocional que acaba atrapalhado as atividades diárias, obviamente devido a grande responsabilidade que temos na vida moderna. Mas é preciso ficar muito atento para que esses problemas não se tornem algo mais sério e prejudicial em nossas vidas. Algumas pessoas que trabalham muito reconhecem esses sintomas, porém relutam em buscar ajuda para não ter que perder seu status profissional.

Os docentes se destacam em risco de ter a síndrome de Burnout, tendo em vista a excessiva carga de trabalho, baixa remuneração, péssimas condições de trabalho, violência dentro das instituições e condições desfavoráveis na organização do sistema educacional.

O educador James Hilton, em seu livro Leading from the edge, que significa, “Conduzindo no limite” conta que Síndrome de Burnout não pode ser encarada como resultado apenas desses fatores, para o professor, a síndrome pode ser consequência de estresse persistente, com sentimento de isolamento e falta de apoio na profissão.

Obviamente que ainda precisa ter melhorias no ambiente educacional para que os educadores consigam desempenhar sua função de maneira equilibrada. Entretanto, não apenas na profissão, como também em nível individual, de modo que cada professor se atente aos possíveis causadores de estresse na sua rotina, pensando em soluções para amenizar esses fatores.

Dicas para impedir a Síndrome de Burnout;

Ana Carolina C D’Agostini, Psicóloga e pedagoga com formação pela PUC-SP e mestre em Psicologia da Educação pela Columbia University.

Deixou essa lista aos professores em um artigo publicado na Nova escola:

Não ignore os sintomas físicos e emocionais. Procure assistência médica e psicológica;

Promova espaços de troca e discussão no trabalho;

Estabeleça prioridades. Organize listas diárias com os afazeres mais urgentes e defina quais são os seus objetivos a longo prazo, quebrando-os em tarefas menores;

Identifique quais são os seus causadores de estresse mais comuns.

Quando não estiver em um momento estressante, estabeleça formas de lidar com eles;

Organize sua rotina de maneira que sempre haja tempo para uma atividade de lazer. Torne-a tão importante quanto as demais obrigações;

Movimente-se! Escolha uma atividade física prazerosa que caiba na sua rotina: caminhada, yoga, dança, bicicleta…;

Cultive hobbies. Descubra uma atividade que seja leve e estimulante;

Cuide do seu bem-estar. Procure alimentar-se de forma saudável e dormir em horários regulares;

Busque grupos de apoio. Não guarde para si os seus sentimentos e preocupações;

Defina quem são aquelas pessoas com quem você pode contar em momentos de dificuldade;

Estabeleça alguns dias da semana em que não dará continuidade ao trabalho após voltar para casa;

Busque o progresso em suas tarefas, não a perfeição;

Procure minimizar as distrações e crie um ambiente de trabalho favorável;

Não se esqueça de fazer planos que não envolvam o trabalho.

E você, professor? Como lida com o estresse do dia a dia?