O American Journal of Infection Control relatou que piscinas de bolinhas estão infestadas de bactérias e micróbios causadores de inúmeras doenças e entre elas, encontra-se a a Enterococcus faecalis que pode causar meningite e septicemia (infecção generalizada).

 A realidade se torna preocupante visto que os brinquedos não são higienizados regularmente, relata Mary Ellen Oesterle, a principal pesquisadora do estudo. “A colonização bacteriana encontrada foi altíssima, e chega a atingir milhares de organismos por bola, o que indica um aumento do potencial de transmissão e maior possibilidade de infecção”.

Outro estudo realizado pelos pesquisadores da University of North Georgia, nos Estados Unidos, Investigou seis tipos de piscinas de bolinhas usadas no tratamento de crianças com deficiência sensórias motoras. Cada uma das piscinas foi analisada e coletada de 9 a 15 bolas encontradas na profundidade dos brinquedos.

Depois da análise foram encontradas 31 espécies de micróbios diferentes e uma natureza de levedura, absurdamente capaz de causar doenças graves quando em contato com a corrente sanguínea. Os estudiosos também encontraram 4 tipos de bactérias próximas aos seres humanos capazes de causar infecção.

A bactéria E. faecalis, a primeira a ser encontrada pode causar uma lista de doenças perigosas, como infecções do trato urinário, meningite, septicemia e endocardite – infecção do revestimento interno do coração, que pode até ser o caso de cirurgia em alguns dos casos. O segundo micróbio é o Staphylococcus hominis que tem disposição em causar infecções na corrente sanguínea e está associado a septicemia, uma unidade de terapia intensiva neonatal.

O terceiro, o Streptococcus oralis é o responsável por ocasionar endocardite e síndrome da do desconforto respiratório do adulto (acúmulo de fluidos no pulmão que privam os órgãos de receber oxigênio) e síndrome do choque tóxico (infecção rara, mas grave que pode induzir de 20% a 60% dos pacientes à morte).  Outras bactérias que foram encontradas como a Acinetobacter lwofii que pode provocar infecções da pele, meningite, infecções do trato unário septicemia e pneumonia.

A dica dos pesquisadores é que essas bactérias que costumam estar presentes no corpo humano são inofensivas, por isso não é preciso impedir as crianças de usar o brinquedo, mas é relevante a preocupação com a higienização desses ambientes em que elas brincam.