A busca incessante pela felicidade traz frustração
A felicidade não deve ser buscada constantemente, afirma o psiquiatra Rafael Euba. Segundo ele, nós, os seres humanos, não fomos feitos para ficarmos felizes a todo instante, ou por um período grande de tempo. Portanto, estarmos sempre buscando a felicidade duradoura pode nos trazer frustrações e decepções.
O psiquiatra ainda explica, que nosso cérebro não tem uma área específica destinada a felicidade, ao contrário de sentimentos como sofrimento e prazer. Sendo assim, estamos biologicamente despreparados para a felicidade.
Nossa natureza, em sua primitiva existência, busca sobreviver e procriar, igual as outras espécies de seres vivos.
A neurologia entende que a nossa necessidade de evoluir como espécime tende, a cada vez mais, ignorar o sentimento alegria, pois este estado emocional acaba por nos expor a perigos reais a nossa sobrevivência.
No entendimento de Euba, a nossa natureza coloca o seu foco naquilo que é realmente necessário, priorizando algumas emoções e instintos, o que acabou por consequência desenvolvendo, conforme os milhares de anos passavam, o nosso lobo frontal cerebral. É por este motivo que apresentamos habilidades de análise diante da capacidade natural de experimentar o sentimento felicidade.
O especialista ressalta que os seres humanos têm a capacidade de sentir diversas emoções ao mesmo tempo, sendo estas emoções tanto consideradas boas, quanto as consideradas ruins. Cada emoção ativa uma região do cérebro diferente. Ele afirma que o fato de sentirmos diversas emoções diferentes de dor e prazer são mais significantes do que felicidade plena em si.
Euba conclui que, se ficarmos nos preocupando em sermos felizes, estando em constante fuga dos possíveis sofrimentos, só vamos alcançar a frustração e a sensação de que sempre está faltando algo mais para vivermos melhores. O sofrimento não é uma fraqueza, mas sim uma condição que passamos como humanos. Sofrer faz parte da nossa existência e não dever fugir deste sentimento, mas sim, aprender com ele.
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